Análise do Poema:
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Análise
A interpretação de dois elementos importantes:
Significado da sequência do primeiro verso:
Os heróis antigos :
Aquiles
Em que obras surge ?
Quem é ?
Qual a sua história?
Ulisses
Quem é?
Qual a sua história?
Eneias
Quem são?
Qual a sua história?
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Análise
Na análise do poema podemos considerar três versos, 1º verso; 2º verso até ao final da 2ª estrofe e o 3ºverso até ao final do poema.
A interpretação de dois elementos importantes:
● Sonho – desejo de desvendar o desconhecido, de ir mais além, a conquista do mar, a construção do Império Português.
● Detentor – Deus, a vontade de Deus é determinante mas sem o sonho humano, nada seria possível.
Significado da sequência do primeiro verso:
Deus deseja, ordena e comanda, o Homem sonha, planeia e executa, a obra nasce e realiza-se através das mãos do Homem.
“Deus quis que a terra fosse toda uma”, ou seja, Deus quis que os oceanos fossem o caminho que unisse os diferentes continentes.
O Infante D.Henrique foi o escolhido por Deus, para iniciar essa tarefa. Deus sagrou-o e tornou-o poderoso levando-o a sonhar. “O Homem sonha”.
A pouco e pouco as caravelas do Infante ligaram ilhas e continentes, percorreram todos os mares e a terrainteira. “ A obra nasce “.
“Cumpriu-se o Mar” - Realizou-se o sonho do mar ser um caminho para unir os continentes.
Os heróis antigos :
Aquiles
Na mitologia grega, Aquiles foi um herói da Grécia,um dos participantes da
Guerra de Troia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada de Homero .
Aquiles era filho de Tétis a Ninfa Marinha, e de Peleu, Rei dos mirmidões da Tessália. Ao nascer a sua mãe segurou-o pelos calcanhares e mergulhou-o de cabeça para baixo no Estinge, rio que dava sete voltas no inferno, e deu a Aquiles o poder da invulnerabilidade, ou seja, nada penetrava o corpo de Aquiles.
Em que obras surge ?
Aquiles surge obra de Homero, a Ilíada mas as pessoas conhecem como Guerra de Tróia.
Quem é ?
Aquiles foi um herói da Grécia, filho de Tétis a Ninfa Marinha, e de Peleu, Rei dos mirmidões da Tessália.
Qual a sua história?
Conta a mitologia grega que a mãe de Aquiles o mergulhou, nas águas de Estige (rio que dava 7 voltas ao inferno).
Este facto tornou-o invulnerável, salvo pelo calcanhar que nao foi mergulhado, pois a mãe segurava-o por esta parte do corpo.
Ulisses
Ulisses era filho de Laertes, rei de Ítaca, e de Anticleia, filha do herói Díocles. Ulisses era rei de Ítaca, uma ilha grega do mar Iónio.
Era casado com Penélope e tinha um filho, Telémaco.
Fingiu-se louco para evitar que o mandassem tomar parte na Guerra de Tróia.
Em que obras surge?
A estrutura fundamental de Ulisses é baseada na Odisseia de Homero.
Quem é?
Ulisses era filho de Laertes, rei de Ítaca, e de Anticleia, filha do herói Díocles. Casou-se com Penélope e tinha um filho, Telémaco.
Qual a sua história?
Quando o príncipe Páris raptou a bela rainha Helena de Tróia, Ulisses não quis ir para a guerra e fingiu estar louco para não ir, mas acabou por ir.
Ulisses teve a ideia de construir um enorme cavalo de pau, assente num estrado com rodas para se poder deslocar.
Dentro da barriga do cavalo esconderam-se alguns homens. O cavalo foi deixado, como
oferta, às portas da cidade de Tróia.
Os outros Gregos fingiram que se retiravam.
Eneias ou Eneas é um personagem da mitologia greco-romana cuja história é contada na Ilíada, de Homero, e, sobretudo, na Eneida, de Virgílio.
Segundo a lenda, Eneias foi o mais famoso dos chefes troianos, filho da deusa Afrodite (a Romana Vénus) e de Anquises, filho de Cápis, filho de Assáraco, rei da Dardânia.
Na Guerra de Troia, Eneias se converteu no mais valoroso guerreiro troiano, depois de Heitor.
Favorecido pelos deuses, em várias ocasiões foi por eles salvo, durante os combates.
Em que obras surge?
É uma personagem da mitologia greco-romana cuja historia é contada na Ilíada de Homero e sobretudo na Eneida de Virgílio.
Quem são?
Ele foi o mais famoso dos chefes troianos, era filho de Afrodite e de Anquises.
Foi na guerra de troia que se converteu no mais valoroso guerreiro troiano, favorecido pelos deuses ele era salvo em varias ocasioes depois da queda de troia Afrodite aconselhou-o a deixar a cidade com a sua familia pois o seu destino era fazer reviver a sua glória troiana em outras terras.
Os Lusiadas
Trabalha por mostrar Vasco da Gama
Que essas navegações que o mundo canta
Não merecem tamanha glória e fama
Como a sua, que o céu e a terra espanta.
Si; mas aquele Herói, que estima e ama
Com dons, mercês,. favores e honra tanta
A lira Mantuana, faz que soe
Eneias, e a Romana glória voe.
Não merecem tamanha glória e fama
Como a sua, que o céu e a terra espanta.
Si; mas aquele Herói, que estima e ama
Com dons, mercês,. favores e honra tanta
A lira Mantuana, faz que soe
Eneias, e a Romana glória voe.
Dá a terra lusitana Cipiões,
Césares, Alexandros, e dá Augustos;
Mas não lhe dá contudo aqueles dois
Cuja falta os faz duros e robustos.
Octávio, entre as maiores opressões,
Compunha versos doutos e venustos.
Não dirá Fúlvia certo que é mentira,
Quando a deixava Antônio por Glafira,
Césares, Alexandros, e dá Augustos;
Mas não lhe dá contudo aqueles dois
Cuja falta os faz duros e robustos.
Octávio, entre as maiores opressões,
Compunha versos doutos e venustos.
Não dirá Fúlvia certo que é mentira,
Quando a deixava Antônio por Glafira,
Vai César, sojugando toda França,
E as armas não lhe impedem a ciência;
Mas , numa mão a pena e noutra a lança,
Igualava de Cícero a eloquência.
O que de Cipião se sabe e alcança,
É nas comédias grande experiência.
Lia Alexandro a Homero de maneira
Que sempre se lhe sabe à cabeceira.
E as armas não lhe impedem a ciência;
Mas , numa mão a pena e noutra a lança,
Igualava de Cícero a eloquência.
O que de Cipião se sabe e alcança,
É nas comédias grande experiência.
Lia Alexandro a Homero de maneira
Que sempre se lhe sabe à cabeceira.
Enfim, não houve forte capitão,
Que não fosse também douto e ciente,
Da Lácia, Grega, ou Bárbara nação,
Senão da Portuguesa tão somente.
Sem vergonha o não digo, que a razão
De algum não ser por versos excelente,
É não se ver prezado o verso e rima,
Porque, quem não sabe arte, não na estima.
Que não fosse também douto e ciente,
Da Lácia, Grega, ou Bárbara nação,
Senão da Portuguesa tão somente.
Sem vergonha o não digo, que a razão
De algum não ser por versos excelente,
É não se ver prezado o verso e rima,
Porque, quem não sabe arte, não na estima.
Por isso, e não por falta de natura,
Não há também Virgílios nem Homeros;
Nem haverá, se este costume dura,
Pios Eneias, nem Aquiles feros.
Mas o pior de tudo é que a ventura
Tão ásperos os fez, e tão austeros,
Tão rudos, e de engenho tão remisso,
Que a muitos lhe dá pouco, ou nada disso.
Não há também Virgílios nem Homeros;
Nem haverá, se este costume dura,
Pios Eneias, nem Aquiles feros.
Mas o pior de tudo é que a ventura
Tão ásperos os fez, e tão austeros,
Tão rudos, e de engenho tão remisso,
Que a muitos lhe dá pouco, ou nada disso.
As Musas agradeça o nosso Gama
o Muito amor da Pátria, que as obriga
A dar aos seus na lira nome e fama
De toda a ilustro e bélica fadiga:
Que ele, nem quem na estirpe seu se chama,
Calíope não tem por tão amiga,
Nem as filhas do Tejo, que deixassem
As telas douro fino, e que o cantassem.
o Muito amor da Pátria, que as obriga
A dar aos seus na lira nome e fama
De toda a ilustro e bélica fadiga:
Que ele, nem quem na estirpe seu se chama,
Calíope não tem por tão amiga,
Nem as filhas do Tejo, que deixassem
As telas douro fino, e que o cantassem.
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